Conseguir identificar o cio da vaca é fundamental para a eficiência reprodutiva e, consequentemente, para o melhoramento do desempenho econômico de produtores. Entre as diferentes técnicas utilizadas nesse processo, a mais tradicional é a observação visual. No entanto, essa estratégia é passível de erro do observador, o que afeta, consequentemente, a eficiência reprodutiva e pode contribuir para altas taxas de descarte de vacas e novilhas.
Pensando no desenvolvimento e avaliação de modelos mais eficientes para detecção e detecção antecipada do cio de vacas leiteiras, Frederico Correia Cairo pesquisou, durante o curso de Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Zootecnia (PPZ) da Uesb, campus de Itapetinga, as mudanças de comportamento alimentar dos animais. “Já era sabido que a manifestação de cio causa redução no consumo e comportamento alimentar. Nosso estudo mostrou que, antes de entrar no cio, as vacas consomem entre 25% e 35% menos água e alimentos”, contou Cairo.
Para o desenvolvimento do estudo, “foi realizado o monitoramento desses animais durante o período experimental através de sensores em cochos e bebedouros eletrônicos”, contou Cairo. Além disso, foi desenvolvido e avaliado modelos computacionais para a produção de sensores com o objetivo de identificar, de forma precisa e acurada, o cio dos animais das fazendas leiteiras.