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Governo da Bahia lança campanha ‘Se a gente não fala, a violência não para’ e destaca importância de denunciar casos de violência contra a mulher

Foto Fernando Vivas/GOV/BA

“A gente precisa pensar em uma sociedade em que o amor seja a mola propulsora, e não o medo”, disse Thaís Reis, roteirista do filme publicitário que dá nome à campanha ‘Se a gente não fala, a violência não para’, do Governo da Bahia, lançada na quinta-feira (13). Em menção a Bell Hooks no seu livro ‘Tudo sobre o Amor’, ela destaca que a campanha em combate à violência de gênero tem o horizonte de construir uma sociedade do cuidado mútuo, na qual o enfrentamento à violência seja uma responsabilidade de todos. “Essa produção é uma espécie de chamado coletivo”, frisou.

O trabalho de pesquisa para a construção da campanha passou por um mergulho da autora nos estudos feministas, para o entendimento de que a agressão física se apresenta como resultado de uma série de violências que acontecem antes, e que pode levar ao feminicídio. “A violência é só o final. É a última etapa em uma sociedade estruturalmente concebida para que as mulheres sejam subjugadas. Então, vem lá do comecinho, na construção de feminilidade e de masculinidade quando ainda somos crianças”, resgatou Thaís, referindo-se à cultura patriarcal que sustenta as violências de gênero.

A produção mostra um casal socializando com outras pessoas em uma confraternização, onde o homem é descontraído com todos e atencioso com a sua parceira. Após saírem da festa, no entanto, ainda no carro, esse mesmo homem demonstra um comportamento completamente diferente. As agressões seguem no elevador, até chegarem em casa. No final, a cena de viaturas da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros chegando ao prédio dá a entender que a agressão contra a mulher terminou em tragédia. O principal objetivo do filme é chamar atenção de todos para a necessidade de falar sobre a violência contra mulheres e a importância de denunciar os agressores.

O vídeo, produzido e dirigido por mulheres, tem os homens como um público essencial para o debate e combate às violências de gênero. Mas, nos bastidores, as mulheres também são protagonistas. “O assunto é muito sensível. Claro que a gente precisa ter homens no set para falar sobre violência contra a mulher. Inclusive, a gente precisa contar com a presença dos homens e já sabíamos que os teríamos na equipe, porque a gente tem poucas mulheres nesse espaço. Mas, buscamos, principalmente, que a diretora de cena e a assistente de direção fossem mulheres, liderando esse trabalho”, detalhou a coordenadora de produção da campanha Flávia Souza.

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